O último fim de semana foi de grande aprendizado para mim, bem como para todos os irmãos que atenderam ao convite e foram para o retiro espiritual 2010 da Igreja Filadélfia. Durante quatro dias fomos desafiados e conduzidos a estabelecermos objetivos espirituais ambiciosos, a fim de experimentarmos um crescimento significativo nesta área fundamental da vida.
O tema deste retiro também serviu como título desta postagem, mas este texto poderia muito bem ser intitulado Quero Morrer, já que aprendemos que é necessário passar pela morte do ego, da morte para o mundo, se quisermos vivenciar uma vida vitoriosa em Cristo. "Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus" (v. 3). O que temos visto na igreja são conjuntos de regras, normas, estatutos, que tentam em vão fazer o cristão viver uma vida piedosa e santa. Paulo diz que tais preceitos "têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade" (Cl 2.23). Para vencermos as obras da carne não adianta criarmos costumes e leis que nos "impeçam" de fazermos alguma coisa pecaminosa, porque enquanto não morrermos para nós mesmos o desejo de cometer pecado permanecerá, e eventualmente nos levará a pecar.
O morto, entretanto, permanece imóvel, não importa o que aconteça ao seu redor. Não vê, não sente, não fala, portanto não peca. Ao morrermos, renunciamos a uma imitação da vida, uma emulação que cria a ilusão de um viver "livre", mas que na verdade aprisiona a quem se submete a ela. A morte para o ego vem para libertar-nos.
Com Cristo, no entanto, não permanecemos mortos. "Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória" (v. 4). Morrer para o mundo é manifestar a glória de Cristo. Morrer para o mundo é buscar as coisas lá do alto. E quando se olha para o alto, não se presta atenção no que acontece no nível terreno. Pensar nas coisas de cima é cultivar uma vida verdadeira, repleta de descobertas e cheia de ternura e amor.
Eu quero morrer para mim mesmo, Senhor!