terça-feira, 30 de junho de 2015

O assim chamado casamento homoafetivo | Lamentando a nova calamidade




Por John Piper


Jesus morreu para que pecadores hétero e homossexuais pudessem ser salvos. Jesus criou a sexualidade e tem um claro propósito sobre como isso deve ser experimentado em santidade e alegria.
Sua vontade é que um homem deixe seu pai e sua mãe e se una a sua esposa, e que os dois se tornem uma só carne (Marcos 10:6-9). Nesta união, a sexualidade encontra seu significado apontado por Deus, seja na unificação físico-pessoal, na representação simbólica, no júbilo sensual ou na procriação frutífera.
Para aqueles que abandonaram o caminho de Deus para a plenitude sexual e se lançaram no intercurso homossexual ou na fornicação heterossexual extramarital ou adultério, Jesus oferece uma misericórdia assombrosa.
"E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus." (1 Coríntios 6:11)
Mas hoje, esta salvação de atos sexuais pecaminosos não foi abraçada. Em lugar disso, houve a institucionalização massiva do pecado.
Em uma decisão de 5 votos contra 4, a Suprema Corte dos Estados Unidos da América determinou que os estados não podem banir o casamento homoafetivo.
A Bíblia não silencia sobre tais decisões. Ao longo de sua mais clara explanação sobre o pecado do intercurso homossexual (Romanos 1:24-27), ela afirma a condenação da aprovação e institucionalização de tal pecado. Embora as pessoas saibam intuitivamente que os atos homossexuais (juntamente com a fofoca, a calúnia, a insolência, o orgulho, a inveja, a infidelidade, a maldade e a avareza) são pecados, eles "não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam" (Romanos 1:32). "Pois, como já lhes disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo (...) e têm orgulho do que é vergonhoso" (Filipenses 3:18-19).
Foi isso que a mais alta corte dos EUA fez hoje - sabendo que estes atos são errados, "aprovam aqueles que as praticam".
Meu sentimento é que não percebemos que calamidade está acontecendo à nossa volta. A coisa nova - nova para a América e nova para a história - não é a homossexualidade. Esse rompimento está aqui desde que todos nós nos separamos na queda do homem. (E há uma grande diferença entre a orientação e o ato - assim como há uma grande diferença entre minha orientação para o orgulho e o ato de se vangloriar.)
O que é novo não é nem mesmo a celebração e aprovação do pecado homossexual. O comportamento homossexual tem sido explorado e deleitado, e celebrado na arte há milênios. O que é novo é a normalização e a institucionalização. Esta é a nova calamidade.
Minha principal razão para escrever não é organizar um contra-ataque político. Eu não acho que este seja o chamado da igreja. Minha razão para escrever é ajudar a igreja a sentir a tristeza destes dias. E a magnitude do ataque a Deus e à sua imagem no homem.
Cristãos, mais claramente do que outros, podem ver o maremoto de dor que está a caminho. O pecado carrega em si sua própria miséria: "Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão" (Romanos 1:27).
E no topo do poder autodestrutivo do pecado vem, por fim, a ira final de Deus: "imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência" (Colossenses 3:5-6).
Os cristãos sabem o que está por vir, não somente porque vemos na Bíblia, mas porque temos experimentado o fruto lamentável de nossos próprios pecados. Não podemos escapar da verdade de que nós colhemos o que plantamos. Nossos casamentos, nossos filhos, nossas igrejas, nossas instituições - estão todas atribuladas por causa de nossos pecados.
A diferença é que nós choramos por nossos pecados. Não os celebramos. Não os institucionalizamos. Nós nos voltamos para Jesus, buscando perdão e ajuda. Clamamos a Jesus, "que nos livra da ira que está por vir" (1 Tessalonicenses 1:10).
E em nossos melhores momentos, choramos pelo mundo, e por nossa própria nação. Nos dias de Ezequiel, Deus pôs uma marca de esperança "na testa daqueles que suspiram e gemem por causa de todas as práticas repugnantes que são feitas [em Jerusalém]" (Ezequiel 9:4).
É por isso que estou escrevendo. Não por ação política, mas por amor ao nome de Deus e compaixão pela cidade da destruição.

"Rios de lágrimas correm dos meus olhos, porque a tua lei não é obedecida." (Salmos 119:136)